A bússola a
brilhar na tua frente
não faz mais do
que perder-se nos caminhos
pelos que eu te
ensinei a chegar ao meu umbigo,
e antes de ter
bordado o meu nome ( e tenho tantos)
nas tuas costas
com saliva
a fé era um dão
que não me fora concedido
Gostaria de
coser-te à minha cama
com pontadas
apuradas e mal feitas
e atrassar cada
um dos meus relógios
e apurar-me nos
teus mares de suor
e beber-te,
escorrendo cada gole entre suspiros
e pedir-te
perdão pela tua dor.
Deveria
anestessiar-me para sempre
ungir-me entre os olhos com teu óleo
ou fazer uma
grève do teu nome
ou abrir uma
garrafa desse vinho (que guardo para os dias importantes)
para o momento
que me digas que te quedas
ou o sol não se ponha tras marchares.
Deveria botar-me
aos telhados
numa dança
sensual e sacudida
para evitar que
medrem aranheiras
na cova que
provocas no meu peito
que caminha cego
entre cascalhos
a pedir perdão
por adiantado.
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