Saudadades daquele abril
dos meus noventa e tal anos
desorientada a minha alma pelo fume
que deixava trás de sim a tua terra queimada.
Desorientada das nuvens carregadas de borralha
rescaldos na minha pele, rescaldos por todos lados
inundada das tuas cinzas
marcada pelas tuas brassas
saudades daqueles restos
desse abril despedaçado
reclamando a tua ausência
para o meu ventre
cansado
Ausência virada urgência
Urgência dessesperada
Urgência que te procura
Ausência mal aceitada
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