Um dia, meu corpo morto será alimento de bichos,
fogar de fungos e lamas.
Um dia, meu corpo inerte será base da pirâmide alimentícia,
despojo das feras e harpias.
Meu corpo não será meu,
também eu não serei eu,
serei alma fugidia, esquiva, estranha.
Meu corpo será cascalho,
refugalho, vazio, golo, quando chegue esse dia.
E esse dia, podia ser amanhã.
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